Busto do Dr. Joaquim Manso




António da Costa
Busto do Dr. Joaquim Manso, 1926
Bronze, alt. 30 cm
MDJM inv. 22 Esc.


“Portugal, país situado a ocidente da Península, banhado pelo Oceano, com seis milhões de habitantes. Com estas resumidas noções, a nossa história não tem explicação, se a não contarmos como um prodígio, à face do mundo”.

Excerto do livro de Joaquim Manso, “Malícia sem Maldade”, Livraria Bertrand, 1937. 

 

Completando-se a 6 de junho mais um aniversário do Museu Dr. Joaquim Manso, destacamos este mês o busto do seu patrono, oferecido pelos trabalhadores do jornal “Diário de Lisboa”, no ano da inauguração do Museu, em 1976.

Joaquim Manso (Cardigos, 1878 – Lisboa, 1956) foi jornalista, escritor e ensaísta. Formado em Teologia, ordenou-se sacerdote e, nessa qualidade, foi autor de algumas brochuras intituladas “Commentarios” (1901-03), assinadas por Padre Manso. A seu pedido, libertou-se dos votos religiosos e, em 1913, obteve o grau de bacharel em Direito.
 

Fundou (1921) e dirigiu o conhecido “Diário de Lisboa” durante 35 anos, tendo já antes colaborado em publicações periódicas como a “A Capital” e a “Pátria”, ou as revistas “Arte & Vida” (1904-06) e “Atlântida” (1915-20).

Foi secretário de Bernardino Machado, enquanto Ministro dos Estrangeiros; Governador Civil de Vila Real; sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e professor do Conservatório Nacional de Lisboa, onde regeu a cadeira de “Literaturas Dramáticas”.

Autor de vasta produção literária, de que se refere, entre outros, os seguintes títulos: "O Pórtico e a Nave"; "Fábulas"; "Malícia sem maldade"; "Os Amores de Pedro e Inês"; "O Fulgor das Cidades"; "Alma Inquieta"; "Pedras para a Construção dum Mundo"; "Manoel"; "Primavera da Lenda"; "A Consciência Nua e Abandonada".

Entre os vários amigos, contam-se alguns nazarenos, entre eles o construtor civil Amadeu Gaudêncio. Dessa amizade resultaram várias deslocações à Nazaré e um gosto pela cultura desta vila piscatória.

Este Museu encontra-se instalado na sua antiga casa de veraneio, doada ao Estado em 1968, para aqui se instalar o Museu da Nazaré, tendo sido condição do seu doador - Amadeu Gaudêncio -, que o mesmo tivesse o nome de “Museu Etnográfico e Arqueológico do Dr. Joaquim Manso”, em homenagem ao homem que tanto divulgara a cultura nazarena nas suas palestras e lides jornalísticas.

Anos mais tarde, o Museu vem a receber parte da sua coleção de arte e espólio epistolar. 



Para “saber +” sobre Joaquim Manso e conhecer as obras da sua coleção neste Museu, consulte o MatrizNet.

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