"Tacoa", de F. Lino




















Fernando Lino
Tacoa, s.d.
Técnica mista sobre papel
Aquisição pelo MDJM, 1984
MDJM inv. 117 des.

Na Nazaré, todos se lembram da “Tacoa”.
Rosária Meca Tacoa, filha do marítimo José Veríssimo Tacoa e da peixeira Maria da Soledade Meca, nasceu em 10 de dezembro de 1929, na Nazaré. 

Figura bastante conhecida nesta vila, a Tacoa distinguia-se, sobretudo, pelo seu traje regional, modesto, pardacento e já muito gasto. Um velho chapéu sobre a capa reforçava um tipicismo próprio, que os turistas não perdiam a oportunidade de fotografar e filmar.

Pelo seu linguarejar brejeiro, onde não faltavam as pragas, era considerada como alguém que “não tem o juízo todo”, ideia que ela vivamente rejeitava, afirmando: “eu não sofro da cabeça! Dão-me é ataques epiléctricos no coração”! 

Com oito anos, trabalhava já numa padaria e, mais tarde, até 1957/58, numa fábrica de conservas de peixe.
Em 1966, casou com o pescador José Pai João, de quem enviuvou em 1982.
Uma das facetas, talvez a mais desconhecida da Tacoa, era a sua facilidade de versejar. 

Em junho, o Museu Dr. Joaquim Manso destaca esta "figura" da Nazaré, através de um trabalho popular de Fernando Lino, que chegou a ser desenhador do Museu.
Esta é também uma oportunidade de a relembrar através da criatividade das crianças do 3º ano do Agrupamento de Escolas da Nazaré, que virão ao Museu, no dia 6 de junho, expor os seus trabalhos do projeto "Salpicos", baseados em representações da Tacoa.


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