Barco do Candil

“Na tarde serena de céu cor-de-rosa os barcos do candil, parados sobre as águas imóveis, acendiam os primeiros fachos, que mal se distinguiam na meia-luz do fim do dia. Eram estrelas amarelas sobre a água, donde subiam colunas de fumo grosso. Já brilhava o farol na ponta do cabo. As luzes dos barcos, como estrelas de oiro, tremeluziam na água, que se tornara escura e profunda.”

Branquinho da Fonseca, Mar Santo (1971)

Barco do Candil "Amor da Beira-Mar"
Tipo de pesca: pesca local de candil com rede de cerco
Embarcação de candil adaptada com armação no painel de popa e ferro para colocar motor de borda fora. A embarcação original pertenceu a Tomé Limpinho da Purificação e Tomé Miguel Limpinho, da Nazaré.
Miniatura
MDJM inv. 1169 Etn


Lancha do Candil "Isabel Lisa Marc"
Tipo de Pesca: Auxiliar do Barco de Candil, na tarefa de colocar a rede e o engodo e projectar a luz na água. A embarcação original pertenceu a António de Jesus Lourenço.
Miniatura
MDJM inv. 1107 Etn

A Pesca do candil pratica-se de noite, com uma candeia perto da água e recurso à rede de cerco. A luz atrai o peixe à superfície; ao ficar encadeado, pode ser mais facilmente apanhado pelo pescador.